HOMEM MENINO
Sou homem menino
Diante de minha amada
Mas desconheço a estrada
De um coração feminino
Onde nasce e onde morre
Preciso entender este amor
Sou homem menino
Por favor, me socorre.
Mapa não tenho
Perco-me a todos os momentos
Preciso me orientar
Talvez com a rosa dos ventos
Sou um homem
Sou assim sou náufrago
No silêncio do mar
De um coração feminino
Sou homem menino
Diante de minha amada
Mas desconheço a estrada
De um coração feminino
Sou homem sou menino
Valter Arauto
A AVE POÉTICA
Diante desta prisão
Das frenéticas coisas da vida
O que me resta é poetizar
Libertando a ave poética
Sair do chão à vezes é bom
Deixar a bagunça aqui no solo
É de asas que eu preciso
Asas da imaginação
Diante da prisão
De uma vida cibernética
O que me resta é poetizar
Libertando a ave poética
Que tal dar um role por ai
De mãos dadas com a namorada
A estrada aqui fora
É mais bela que a virtual
Vou dar asas a imaginação
Libertar a ave poética
Deixar a rotina lá fora
Com a sina desta gente frenética
Vou libertar a ave poética.
Valter Arauto
"Dou-lhe mil girassóis em troca de um gira lua"
VOU FICAR ALI E BABAR
Eis que dá
Pra fazer da perseidas
Um tapete persa flutuando no ar
Um mundo encantado
Com mil e uma noites
Sem nenhum ladrão... Só ali babá
Eis que dá
Pra fazer da perseidas
Um mar de ondas com luz a cintilar
A Deus sempre rogo
Nesta vida que é tão difícil
Pra nos trazer alegria neste fogos de artifícios
Eis que dá
Pra fazer da perseidas
Um tapete persa flutuando no ar
Um mundo encantado
Com mil e uma noites
Sem nenhum ladrão... Só pra ficar ali e babar
Eis que dá.
Valter Arauto
SOU AQUELA AQUARELA
Sou estrela no Céu da boca
Sou a rouca voz do sussurro
Sou quixote no moinho
Sou Bentinho dom casmurro
Então vem menina me amar
Deixe de ser tão manhosa
Se a noite foi uma delícia
A manhã será gostosa
Sou aquela aquarela
Que tinge as flores nas campinas
Tenho cinqüenta tons de cinzas
Mas minha menina é feita a cores
O inverno não detém
Este amor que me aquece
Se o frio lá fora assovia
É você que me apetece
Então vem menina me amar
Deixe de ser tão manhosa
Se a noite foi uma delícia
A manhã será gostosa
Então vem menina me amar.
Valter Arauto
"TODOS OS POETAS SÃO UM POUCO LOUCOS"
O POETA E A LEBRE
Gostosa manhã de agosto
De sol sobre o meu casebre
Nos campos verdejantes além
Mais branca que a neve é a lebre
Vou celebrar mais um dia
Diante do leito do lago
Cujo um dos veios se desprende
Deixando feliz quem lhe bebe
Gostoso entardecer de agosto
O sol ainda aquece meu rosto
Nas fartas encostas da mata
Tem belos véus de cascatas
Vou celebrar esta tarde
Sentado em um jardim de cores
Cujo perfume se desprendem
Atraindo mais de mil beija flores
Agora é a noite que vem
Sem nada dizer vai chegando
Uma bela noite de agosto
Com seu lindo luar luando
Vou celebrar outra vez
mais um mês de agosto
Espero que lá no campo
A lebre também celebre
Gostosa manhã de agosto
De sol sobre o meu casebre...
Valter Arauto
AMOR E DESAMORES
Você é...
O ar que eu respiro
O perfume das flores
Mas tem o feio costume
De amor e desamores
Você é...
Meu sol de primavera
Borboletas aos ventos
Minha razão de viver
Em todos os momentos
Já não consigo viver sem ti
Larguei tudo o que é prazeroso
Larguei a viola no canto da sala
E o futebol alegre e gostoso
Sigo agora esta voz
Que vem do fundo do coração
Dizendo ser você minha mulher
Minha menina e meu mundo
Você é...
De todas as horas
Aquela que me faz feliz
Onde não importa o tempo
Só importa os segundos
Você é...
O ar que eu respiro
O perfume das flores
Mas tem o feio costume
De amor e desamores
Você é...
Valter Arauto
O VENTO SÓ MURMURA
Murmurei...
Juras de amor ao vento
mas o vento, o vento não sabe.
Não sabe que te amei
Eu joguei
Toda minha esperança no ar
Mas o ar, o ar não sabe.
Não sabe a dor de se apaixonar
Ninguém sabe
Que ainda eu choro e suspiro
Mas eu tiro, há se tiro.
Ainda tiro você de mim
Dei-lhe flores
Que brota só no coração
Antes belas e vivas
Hoje murchas... Mortas.
Murmurei...
Juras de amor ao vento
Mas o vento, O vento não sabe.
Não sabe que te amei
O vento...
O vento só murmura.
Valter Arauto
O AROMA DO AMOR
O seu corpo contém
O aroma do amor
Assim almiscarado
impregnando minha pele
Não tem outro jeito
Senão ficar ao seu lado
Até que o lençol saia
E toda a sua nudez revele
A luz não importa agora
Muito menos a cruz na parede
Do amor sinto fome
E me afogo nesta sede
Se amar é pecado
Como não pecar
Vou ficar por aqui
Sempre pecando
O seu corpo contém
O aroma do amor
Assim almiscarado
Impregnando minha pele
Não tem outro jeito
Senão ficar ao seu lado
Até que o lençol saia
E toda a sua nudez revele
Vou ficar por aqui
Até que o lençol saia...
Valter Arauto
Valter Arauto
Prefácio
O poeta toma pra si a liberdade poética e usa nuances lírica. Para descrever tormentas de sentimentos e devaneios. A obra é um apanhado de peças de um quebra cabeça que o poeta tenta montar com simplicidade de um apaixonado ávido e a serenidade e complacência antigo amor a montar uma obra de fácil leitura e cativante.
Perambulando pelos meandros das linhas e páginas do livro "Minha alma de poeta" o poeta se faz compreender o amor, alegria, cumplicidade e até a ira.
Sentimentos esses que tornam a vida, em viver plenamente e intensidade. Valter Arauto é desprovido de timidez, orgulho e preconceitos que permeiam a sociedade. Que impedem de expressar e aflorar amizades e amores.
Espero que ao ler esta obras de arte literária os leitores possam se embriagar com inspirações e sentimentos que os textos nos trás e que consigam compreender a simplicidade que é a vida.
Ao amigo Valter Arauto.
Jean palhota
Entrevista no programa do ratinho no SBT
MEU AMIGO CABELUDO
Não sou surdo
Vou ouvir agora
Meu amigo cabeludo
Ele semeou flores
Nos campos corações
Cultivando com sermões
Sei que está perto
Seu retorno triunfal
Da paz tem o projeto
Não sou surdo
Vou ouvir agora
Meu amigo cabeludo
Não é formado
Mas milhões tem ensinado
Sem nem mesmo ter estudo
Pra mim ele é assim
Mora no meu coração
Pra mim ele é tudo
Não sou surdo
Vou ouvir agora
Meu amigo cabeludo
Não sou surdo...
Valter Arauto
UM NOVO AMOR PRA MIM
Proponho ao amanhecer
Quando nascer no horizonte
Trazer um novo amor pra mim
Deixando o velho no ontem
Proponha pra lua no céu
Arrumar uma cama de prata
Nas copas frondosas das arvores
Pra que ela possa se deitar
Proponho ao mar
Quando ele se quebra na rocha
Erguer um farol feito tocha
Pra de novo não se quebrar
Proponho a minha donzela
Lá do fundo do meu coração
Dar-lhe um pouco de mim
E das coisas que há no mundo
Proponho as estrelas
Ficar bem calado
Do lado da minha amada
Dentro de sua noite calada
Proponho ao amanhecer
Quando nascer no horizonte
Trazer um novo amor pra mim
Deixando o velho no ontem
Valter Arauto
VENENO NOS LÁBIOS
Prefiro o veneno
Que tem em seu lábios
Do que jamais te beijar
Prefiro uma onda
Chegando na praia
Do que nunca chegar
Prefiro viver
Este amor no momento
Do que mil outros amores
Carregados nos ventos
Prefiro o suor
Que sai de sua pele
Destilando açúcar
Prefiro seus cabelos
Feitos tobogã
Escorregando pela nuca
Prefiro viver
Este amor no momento
Do que mil outros amores
Carregados nos ventos
Prefiro viver...
Este amor no momento.
Valter Arauto
MARIA CHIQUINHAS
Já não sei o que faço
Esquecer-te é preciso
Deixar você logo ali
A um passo do paraíso
É preciso não mais te amar
Como outrora eu amava
Jamais queria ir embora
Apenas em seus braços ficar
Já não sei o que eu faço
Tudo se tornou pequeno
Meu coração que era grande
Hoje se quer tem espaço
Lembro-me do primeiro beijo
Da suas Maria chiquinhas
Daquele amasso no portão
E suas mãos pequenas nas minhas
É preciso esquecer tudo
Vou sair um pouco por ai
Sentar no bar a beira mar
E beber minhas lembranças
Sou adulto hoje
Mas o amor nunca cresce
O amor apenas esquece
A juras de amor criança
Já não sei o que faço
Esquecer-te é preciso...
Valter Arauto
O EU ALBATROZ
Uma voz sublime no ar
Exprime o eu albatroz
Na dança única e perfeita
Da arte do acasalar
Braços e asas abertas
Cortando o ar rarefeito
Desperta o desejo em ti
Recostada aqui em meu peito
Sozinha não mais voará
Sobre as margens deste amor
Pousada por entre as pedras
Seu ninho será o seu lar
Uma voz sublime no ar
Exprime o eu albatroz
Na dança única e perfeita
Da arte do acasalar
Poeta alado eu sou
Do lado de cá desta ilha
Minha voz suave e rouca
Exprime o eu albatroz
O mar é meu confidente
E diz que a gente se ama
Minha cama é a grama rasteira
Na arte do acasalar
A beira desta loucura
Uma voz no monte ecoa
Sou eu meu amor, numa boa
Sou eu seu eu albatroz
Uma voz no monte ecoa...
Valter Arauto
UM MINUTO DIANTE DA ETERNIDADE
Já na tenra idade
Fui poeta das noites serenas
Mas vive apenas um minuto
Diante da eternidade
Fui maluco eu sei
Fui cuco no relógio de alguém
Nasci a dez mil anos
Mas fui menino de cem
Sete segundos apenas
E o trem pega essa gente
Onde finda a minha estrada
Com a boca cheia de dente... escancarada
Mas eu sou seixas
Quem me gosta me curte
Ainda que na morte
Ama-me e não me deixa
Já na tenra idade
De vida plena e ativa
Criei nova sociedade
Sociedade alternativa
Fui assim
Fui o poeta Raul
Fui com certeza...
Maluco beleza.
Valter Arauto
VENTO SOLAR
Só no solar
O vento solar é poema
E o perfume no ar tem...
Aroma de açucena
No solar é preciso amar
Como cada fera ama
No solar é preciso amar
Como ama a suçuarana
A estrela sol no solar
Brilha a cada momento
Não tem casa não tem teto
Todos vivem ao relento
Lá sim vale a pena
Curti todas as estações
São diversos os poemas
A nascer dos corações
Só no solar
O vento solar é poema
E o perfume no ar tem
Aroma de açucena
A cada verso que leio
Mais minha vida vivencio
E as prosas e salmos
É de leitura gostosa
Só no solar
O vento solar é poema
E o perfume no ar tem...
Aroma de açucena
Só no solar...
Valter Arauto
HORTELÃ E FRAMBOESA
Lá fora o sol reluz
A aurora bate na porta
A noite de nosso amor
Já não vive... Está morta
É novo o amanhecer
O café está na mesa
Com o cheiro de hortelã
E sabor de framboesa
Puxe a cadeira
Na paz deste novo dia
Seja a minha namorada
Confidente e companheira
Vou-me agora
Minha garota minha prenda
Vou cuidar de nossas coisas
Nos afazeres da fazenda
Volto ao entardecer
Antes mesmo que o sol durma
Meu amor sem ti não fica
Nem meu coração se acostuma
Lá fora a noite cai
Vai chegando lentamente
Ela espera ansiosa
Novamente o amor da gente
É novo o amanhecer
O café está na mesa
Com o cheiro de hortelã...
Puxe a cadeira.
Valter Arauto
A FLOR DO AMOR
O que importa este torrencial
Meu mal é mau de amor
Talvez um amor ao sol
De amor molhado não seja igual
O gotejar vem passear
Logo aqui entre nos dois
vem parar em nossas bocas
Na louca dança do beijar
O que importa o frio agora
lá dentro um coração aquece
Talvez um coração normal
Quando ama nunca esquece
Ainda que fosse garoa
Ia curtir sair contigo
Dançar a dança da chuva
Ou simplesmente ficar à toa
O que importa este pé de vento
Se a paixão revela o amor
Não precisa ser primavera
Para que se abra então a flor
Para que se abra então a...
Flor.
Valter Arauto
AMOR CANINO
Totó é um fiel companheiro
Tem no pelo a cor do chocolate
Quando chego em casa de tardezinha
Totó pula, totó brinca. totó late
Já faz parte desta minha vida louca
Grito e berro corrigindo seus atos
É a razão de eu homem ser menino
E ter no peito este amor canino
Totó entende um coração quebrado
Sabe bem a falta de uma paixão
É o único em que confio e desabafo
Libertando da garganta este nó
Totó é um fiel companheiro
Tem no pelo a cor do chocolate
Quando chego em casa de tardezinha
Totó pula, totó brinca, totó late
Vivo só na casinha a beira estrada
minha amada foi embora e não voltou
Meu conforto é que em cada chegada
Sempre pula em meu colo meu totó
Totó pula, totó brinca, totó late
Tem no pelo a cor do chocolate
Totó pula, totó brinca...
Totó late.
Valter Arauto
O VIOLINO VIOLETA
Já não quero mais cantar
Vou deixar a vida pública
Vou fazer como faz a ostra
E do sofrimento me privar
Eram tuas minhas canções
Que entoava de sexta a sexta
Sejam flautas ou violões
Ou violinos violetas
Os meu dedos não dedilham
As melodias deste belo dia
Já não a acordo entre acordes
Nem mais som no acordeon
Já não quero mais cantar
Vou deixar a vida pública
Vou fazer como faz a ostra
E do sofrimento me privar
Senti-me um bandoleiro
Nas caatingas desta vida
Quebrei meu bandolim
E pus fim nesta cantiga
Eram tuas minhas canções
Que entoava de sexta a sexta
Sejam flautas ou violões
Ou violinos violetas
Sejam flautas ou violões...
Ou violinos violetas
Valter Arauto
Sou homem menino
Diante de minha amada
Mas desconheço a estrada
De um coração feminino
Onde nasce e onde morre
Preciso entender este amor
Sou homem menino
Por favor, me socorre.
Mapa não tenho
Perco-me a todos os momentos
Preciso me orientar
Talvez com a rosa dos ventos
Sou um homem
Sou assim sou náufrago
No silêncio do mar
De um coração feminino
Sou homem menino
Diante de minha amada
Mas desconheço a estrada
De um coração feminino
Sou homem sou menino
Valter Arauto
A AVE POÉTICA
Diante desta prisão
Das frenéticas coisas da vida
O que me resta é poetizar
Libertando a ave poética
Sair do chão à vezes é bom
Deixar a bagunça aqui no solo
É de asas que eu preciso
Asas da imaginação
Diante da prisão
De uma vida cibernética
O que me resta é poetizar
Libertando a ave poética
Que tal dar um role por ai
De mãos dadas com a namorada
A estrada aqui fora
É mais bela que a virtual
Vou dar asas a imaginação
Libertar a ave poética
Deixar a rotina lá fora
Com a sina desta gente frenética
Vou libertar a ave poética.
Valter Arauto
"Dou-lhe mil girassóis em troca de um gira lua"
VOU FICAR ALI E BABAR
Eis que dá
Pra fazer da perseidas
Um tapete persa flutuando no ar
Um mundo encantado
Com mil e uma noites
Sem nenhum ladrão... Só ali babá
Eis que dá
Pra fazer da perseidas
Um mar de ondas com luz a cintilar
A Deus sempre rogo
Nesta vida que é tão difícil
Pra nos trazer alegria neste fogos de artifícios
Eis que dá
Pra fazer da perseidas
Um tapete persa flutuando no ar
Um mundo encantado
Com mil e uma noites
Sem nenhum ladrão... Só pra ficar ali e babar
Eis que dá.
Valter Arauto
SOU AQUELA AQUARELA
Sou estrela no Céu da boca
Sou a rouca voz do sussurro
Sou quixote no moinho
Sou Bentinho dom casmurro
Então vem menina me amar
Deixe de ser tão manhosa
Se a noite foi uma delícia
A manhã será gostosa
Sou aquela aquarela
Que tinge as flores nas campinas
Tenho cinqüenta tons de cinzas
Mas minha menina é feita a cores
O inverno não detém
Este amor que me aquece
Se o frio lá fora assovia
É você que me apetece
Então vem menina me amar
Deixe de ser tão manhosa
Se a noite foi uma delícia
A manhã será gostosa
Então vem menina me amar.
Valter Arauto
"TODOS OS POETAS SÃO UM POUCO LOUCOS"
O POETA E A LEBRE
Gostosa manhã de agosto
De sol sobre o meu casebre
Nos campos verdejantes além
Mais branca que a neve é a lebre
Vou celebrar mais um dia
Diante do leito do lago
Cujo um dos veios se desprende
Deixando feliz quem lhe bebe
Gostoso entardecer de agosto
O sol ainda aquece meu rosto
Nas fartas encostas da mata
Tem belos véus de cascatas
Vou celebrar esta tarde
Sentado em um jardim de cores
Cujo perfume se desprendem
Atraindo mais de mil beija flores
Agora é a noite que vem
Sem nada dizer vai chegando
Uma bela noite de agosto
Com seu lindo luar luando
Vou celebrar outra vez
mais um mês de agosto
Espero que lá no campo
A lebre também celebre
Gostosa manhã de agosto
De sol sobre o meu casebre...
Valter Arauto
AMOR E DESAMORES
Você é...
O ar que eu respiro
O perfume das flores
Mas tem o feio costume
De amor e desamores
Você é...
Meu sol de primavera
Borboletas aos ventos
Minha razão de viver
Em todos os momentos
Já não consigo viver sem ti
Larguei tudo o que é prazeroso
Larguei a viola no canto da sala
E o futebol alegre e gostoso
Sigo agora esta voz
Que vem do fundo do coração
Dizendo ser você minha mulher
Minha menina e meu mundo
Você é...
De todas as horas
Aquela que me faz feliz
Onde não importa o tempo
Só importa os segundos
Você é...
O ar que eu respiro
O perfume das flores
Mas tem o feio costume
De amor e desamores
Você é...
Valter Arauto
O VENTO SÓ MURMURA
Murmurei...
Juras de amor ao vento
mas o vento, o vento não sabe.
Não sabe que te amei
Eu joguei
Toda minha esperança no ar
Mas o ar, o ar não sabe.
Não sabe a dor de se apaixonar
Ninguém sabe
Que ainda eu choro e suspiro
Mas eu tiro, há se tiro.
Ainda tiro você de mim
Dei-lhe flores
Que brota só no coração
Antes belas e vivas
Hoje murchas... Mortas.
Murmurei...
Juras de amor ao vento
Mas o vento, O vento não sabe.
Não sabe que te amei
O vento...
O vento só murmura.
Valter Arauto
O seu corpo contém
O aroma do amor
Assim almiscarado
impregnando minha pele
Não tem outro jeito
Senão ficar ao seu lado
Até que o lençol saia
E toda a sua nudez revele
A luz não importa agora
Muito menos a cruz na parede
Do amor sinto fome
E me afogo nesta sede
Se amar é pecado
Como não pecar
Vou ficar por aqui
Sempre pecando
O seu corpo contém
O aroma do amor
Assim almiscarado
Impregnando minha pele
Não tem outro jeito
Senão ficar ao seu lado
Até que o lençol saia
E toda a sua nudez revele
Vou ficar por aqui
Até que o lençol saia...
Valter Arauto
Valter Arauto
Prefácio
O poeta toma pra si a liberdade poética e usa nuances lírica. Para descrever tormentas de sentimentos e devaneios. A obra é um apanhado de peças de um quebra cabeça que o poeta tenta montar com simplicidade de um apaixonado ávido e a serenidade e complacência antigo amor a montar uma obra de fácil leitura e cativante.
Perambulando pelos meandros das linhas e páginas do livro "Minha alma de poeta" o poeta se faz compreender o amor, alegria, cumplicidade e até a ira.
Sentimentos esses que tornam a vida, em viver plenamente e intensidade. Valter Arauto é desprovido de timidez, orgulho e preconceitos que permeiam a sociedade. Que impedem de expressar e aflorar amizades e amores.
Espero que ao ler esta obras de arte literária os leitores possam se embriagar com inspirações e sentimentos que os textos nos trás e que consigam compreender a simplicidade que é a vida.
Ao amigo Valter Arauto.
Jean palhota
Entrevista no programa do ratinho no SBT
MEU AMIGO CABELUDO
Não sou surdo
Vou ouvir agora
Meu amigo cabeludo
Ele semeou flores
Nos campos corações
Cultivando com sermões
Sei que está perto
Seu retorno triunfal
Da paz tem o projeto
Não sou surdo
Vou ouvir agora
Meu amigo cabeludo
Não é formado
Mas milhões tem ensinado
Sem nem mesmo ter estudo
Pra mim ele é assim
Mora no meu coração
Pra mim ele é tudo
Não sou surdo
Vou ouvir agora
Meu amigo cabeludo
Não sou surdo...
Valter Arauto
UM NOVO AMOR PRA MIM
Proponho ao amanhecer
Quando nascer no horizonte
Trazer um novo amor pra mim
Deixando o velho no ontem
Proponha pra lua no céu
Arrumar uma cama de prata
Nas copas frondosas das arvores
Pra que ela possa se deitar
Proponho ao mar
Quando ele se quebra na rocha
Erguer um farol feito tocha
Pra de novo não se quebrar
Proponho a minha donzela
Lá do fundo do meu coração
Dar-lhe um pouco de mim
E das coisas que há no mundo
Proponho as estrelas
Ficar bem calado
Do lado da minha amada
Dentro de sua noite calada
Proponho ao amanhecer
Quando nascer no horizonte
Trazer um novo amor pra mim
Deixando o velho no ontem
Valter Arauto
VENENO NOS LÁBIOS
Prefiro o veneno
Que tem em seu lábios
Do que jamais te beijar
Prefiro uma onda
Chegando na praia
Do que nunca chegar
Prefiro viver
Este amor no momento
Do que mil outros amores
Carregados nos ventos
Prefiro o suor
Que sai de sua pele
Destilando açúcar
Prefiro seus cabelos
Feitos tobogã
Escorregando pela nuca
Prefiro viver
Este amor no momento
Do que mil outros amores
Carregados nos ventos
Prefiro viver...
Este amor no momento.
Valter Arauto
MARIA CHIQUINHAS
Já não sei o que faço
Esquecer-te é preciso
Deixar você logo ali
A um passo do paraíso
É preciso não mais te amar
Como outrora eu amava
Jamais queria ir embora
Apenas em seus braços ficar
Já não sei o que eu faço
Tudo se tornou pequeno
Meu coração que era grande
Hoje se quer tem espaço
Lembro-me do primeiro beijo
Da suas Maria chiquinhas
Daquele amasso no portão
E suas mãos pequenas nas minhas
É preciso esquecer tudo
Vou sair um pouco por ai
Sentar no bar a beira mar
E beber minhas lembranças
Sou adulto hoje
Mas o amor nunca cresce
O amor apenas esquece
A juras de amor criança
Já não sei o que faço
Esquecer-te é preciso...
Valter Arauto
O EU ALBATROZ
Uma voz sublime no ar
Exprime o eu albatroz
Na dança única e perfeita
Da arte do acasalar
Braços e asas abertas
Cortando o ar rarefeito
Desperta o desejo em ti
Recostada aqui em meu peito
Sozinha não mais voará
Sobre as margens deste amor
Pousada por entre as pedras
Seu ninho será o seu lar
Uma voz sublime no ar
Exprime o eu albatroz
Na dança única e perfeita
Da arte do acasalar
Poeta alado eu sou
Do lado de cá desta ilha
Minha voz suave e rouca
Exprime o eu albatroz
O mar é meu confidente
E diz que a gente se ama
Minha cama é a grama rasteira
Na arte do acasalar
A beira desta loucura
Uma voz no monte ecoa
Sou eu meu amor, numa boa
Sou eu seu eu albatroz
Uma voz no monte ecoa...
Valter Arauto
UM MINUTO DIANTE DA ETERNIDADE
Já na tenra idade
Fui poeta das noites serenas
Mas vive apenas um minuto
Diante da eternidade
Fui maluco eu sei
Fui cuco no relógio de alguém
Nasci a dez mil anos
Mas fui menino de cem
Sete segundos apenas
E o trem pega essa gente
Onde finda a minha estrada
Com a boca cheia de dente... escancarada
Mas eu sou seixas
Quem me gosta me curte
Ainda que na morte
Ama-me e não me deixa
Já na tenra idade
De vida plena e ativa
Criei nova sociedade
Sociedade alternativa
Fui assim
Fui o poeta Raul
Fui com certeza...
Maluco beleza.
Valter Arauto
VENTO SOLAR
Só no solar
O vento solar é poema
E o perfume no ar tem...
Aroma de açucena
No solar é preciso amar
Como cada fera ama
No solar é preciso amar
Como ama a suçuarana
A estrela sol no solar
Brilha a cada momento
Não tem casa não tem teto
Todos vivem ao relento
Lá sim vale a pena
Curti todas as estações
São diversos os poemas
A nascer dos corações
Só no solar
O vento solar é poema
E o perfume no ar tem
Aroma de açucena
A cada verso que leio
Mais minha vida vivencio
E as prosas e salmos
É de leitura gostosa
Só no solar
O vento solar é poema
E o perfume no ar tem...
Aroma de açucena
Só no solar...
Valter Arauto
HORTELÃ E FRAMBOESA
Lá fora o sol reluz
A aurora bate na porta
A noite de nosso amor
Já não vive... Está morta
É novo o amanhecer
O café está na mesa
Com o cheiro de hortelã
E sabor de framboesa
Puxe a cadeira
Na paz deste novo dia
Seja a minha namorada
Confidente e companheira
Vou-me agora
Minha garota minha prenda
Vou cuidar de nossas coisas
Nos afazeres da fazenda
Volto ao entardecer
Antes mesmo que o sol durma
Meu amor sem ti não fica
Nem meu coração se acostuma
Lá fora a noite cai
Vai chegando lentamente
Ela espera ansiosa
Novamente o amor da gente
É novo o amanhecer
O café está na mesa
Com o cheiro de hortelã...
Puxe a cadeira.
Valter Arauto
A FLOR DO AMOR
O que importa este torrencial
Meu mal é mau de amor
Talvez um amor ao sol
De amor molhado não seja igual
O gotejar vem passear
Logo aqui entre nos dois
vem parar em nossas bocas
Na louca dança do beijar
O que importa o frio agora
lá dentro um coração aquece
Talvez um coração normal
Quando ama nunca esquece
Ainda que fosse garoa
Ia curtir sair contigo
Dançar a dança da chuva
Ou simplesmente ficar à toa
O que importa este pé de vento
Se a paixão revela o amor
Não precisa ser primavera
Para que se abra então a flor
Para que se abra então a...
Flor.
Valter Arauto
AMOR CANINO
Totó é um fiel companheiro
Tem no pelo a cor do chocolate
Quando chego em casa de tardezinha
Totó pula, totó brinca. totó late
Já faz parte desta minha vida louca
Grito e berro corrigindo seus atos
É a razão de eu homem ser menino
E ter no peito este amor canino
Totó entende um coração quebrado
Sabe bem a falta de uma paixão
É o único em que confio e desabafo
Libertando da garganta este nó
Totó é um fiel companheiro
Tem no pelo a cor do chocolate
Quando chego em casa de tardezinha
Totó pula, totó brinca, totó late
Vivo só na casinha a beira estrada
minha amada foi embora e não voltou
Meu conforto é que em cada chegada
Sempre pula em meu colo meu totó
Totó pula, totó brinca, totó late
Tem no pelo a cor do chocolate
Totó pula, totó brinca...
Totó late.
Valter Arauto
O VIOLINO VIOLETA
Já não quero mais cantar
Vou deixar a vida pública
Vou fazer como faz a ostra
E do sofrimento me privar
Eram tuas minhas canções
Que entoava de sexta a sexta
Sejam flautas ou violões
Ou violinos violetas
Os meu dedos não dedilham
As melodias deste belo dia
Já não a acordo entre acordes
Nem mais som no acordeon
Já não quero mais cantar
Vou deixar a vida pública
Vou fazer como faz a ostra
E do sofrimento me privar
Senti-me um bandoleiro
Nas caatingas desta vida
Quebrei meu bandolim
E pus fim nesta cantiga
Eram tuas minhas canções
Que entoava de sexta a sexta
Sejam flautas ou violões
Ou violinos violetas
Sejam flautas ou violões...
Ou violinos violetas
Valter Arauto
O amor é o mais sublime de todos os sentimentos,e nos torna mais humanos guando o temos,o verdadeiro poeta é guiado pelo o amor,e quando escreve consegue transmitir este sentimento e nos faz sentir leves,e somos levados a pensar e a refletir sobre o verdadeiro sentido da vida,parabéns Valter por ser um poeta!!!!
ResponderExcluirValter hj entrei na sua página p postar um comentário sobre os teus poemas,mas resolvi falar sobre o poeta.Quero que saiba que os teus poemas me encantam,teu jeito lindo de falar de amor e a maneira que descreve a mulher me fascinam,com certeza você não se tornou poeta,você nasceu poeta.Você tem leveza na alma e passa para os poemas uma suavidade sem igual,em um mundo com tantos desamores você nos leva a acreditar que o amor ainda existe e está dentro de cada um de nós,agradeço a Deus por você existir e fazer parte não somente da minha página de amigos mas da minha vida também,pq vc sabe né não somos apenas amigos virtuais mas somos amigos no mundo real também,continue assim,espalhando amor e esperança a todos.Acredite vc consegue levar o amor a muita gente que talvez já nem mais se lembrava o que era amor.Sua maneira linda de ver a vida nos enriquece a cada dia,bjs no teu coração!!!!
ResponderExcluirMe surpreendeu Marta...
ResponderExcluirlindas palavras vindas de uma pessoa especial que eu muito curto na vida.
Realmente não é de hoje que te conheço, cresci vendo aquela menininha linda ajudando o sol a iluminar as manhãs de cada dia. Me vi perdido em versos realmente, mas os versos só se manifestam por existir no mundo pessoas que mereçam cada um deles. E você com certeza é uma desta pessoas que Deus resolveu colocar em meu caminho para que eu pudesse compreender a beleza da poesia.
Agradeço as palavras...se à muito não havia orvalho no jardim de meus olhos digo que hoje orvalhou tudo.
Fica assim...
Te gosto muito.
O Poeta não ensina - o Poeta vai!
ResponderExcluirA mágica da Poesia é receber asas de águia, para voar alto. Venho acompanhando todos os seus poemas Valter , um mais lindo que o outro . Deus te deu esse dom da poesia , você nasceu poeta , a tua inspiração e sensibilidade é de dar inveja . E agradecer por te - lo no rol dos meus amigos , na minha vida e poder compartilhar essas maravilhas . Parabéns !!! Muito sucesso !!
Fico muito grato pela leitura querida Rita...na verdade minha inspirações não vem de meu coração e sim de milhares outros corações que alimentam minha alma.
ResponderExcluirO que seria do jardim sem flores...
O que seria de mim sem vocês...
Beijos do poeta
Se amar é pecado
ResponderExcluirComo não pecar
Vou ficar por aqui
Sempre pecando... Parabéns!
O Aroma do Amor lindo poema.
Felicidades Valter.
O aroma do amor não se pode ver mas se pode sentir...Agradecido pela leitura Rita.
ResponderExcluirO Poeta as vezes pode ser um sonhador ou quem sabe um realista, pode ser tímido ou extravagante, intelectuais ou apenas apaixonados pela vida, quem sabe podem ser filosófos ou apenas leigos querendo amar e serem amados! Alguns se expressam de uma forma abstrata nos fazendo refletir sobre a vida ou sobre o que ele quer dizer com suas palavras sinônimas ou quem sabe apenas palavras ao vento, outros, abertos de uma forma bem simples e clara de se expressarem!!! Mas todos são poetas, são poetas do amor, da tristeza, da realidade, dos sonhos, das noites, dos mares e principalmente, da vida!! Muito sucesso poeta ...
ResponderExcluirVocê é uma pessoa que brilha é bem provável que ao longo do caminho algumas circunstâncias tentarão apagar este brilho. Mas, não se intimide. Brilhe assim mesmo. Nada poderá ofuscar a luz que habita em você. É dom de Deus. É graça...''
ResponderExcluirPrefiro viver
Este amor no momento
Do que mil outros amores
Carregados nos ventos.... É isso ... Parabéns !!!
Parabéns Valter Silva pelos seus belos poema !
ResponderExcluirVenho acompanhando todos .
Te agradecer por me dar tamanha alegria .
Agradecer também a minha amiga e professora Rita de Cássia que vem me incentivando a ler .
Beijos poeta !!!
Eu é que agradeço querida amiguinha...amo seus doces comentários.
ResponderExcluirEste poeta te gosta muito.
Esse me tocou demais!!! :D
ResponderExcluirBem vinda querida Keka.
ResponderExcluirBom dia Valter !!
ResponderExcluirPassei para te desejar muita sorte, sucesso , paz e amor. Com as pequenas coisas
do dia a dia cresce nossa amizade.
Desejo que sempre seja assim.
Adoro você!!!